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FBDP Apresenta Moção Contra Aumento dos Preços dos Combustíveis

 


Atenta aos impactos negativos que o aumento brutal dos combustíveis tem causado nas Associações Humanitárias de Bombeiros Voluntários, a Federação dos Bombeiros do Distrito do Porto, reunida em Assembleia Geral realizada na Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários Portuenses a 18 de Março de 2022, aprovou por unanimidade a seguinte moção:


Considerando que,


1- A última atualização do preço do Km, pago pelo SNS, para o transporte de doentes não urgentes, foi efetuada há 10 anos, no ano de 2012;


2- Que o preço do combustível (gasóleo) desde 2012 teve um acréscimo de 42.66%;


3- Que o aumento do salário mínimo nacional, desde 2012, teve um acréscimo de 45.36%;


4- Que os sucessivos orçamentos de Estado para o setor não têm acompanhado as reais necessidades das Associações Humanitárias / Corpos de Bombeiros;


5- Que a crise pandémica e a guerra na Ucrânia vieram fragilizar ainda mais a gestão dos parcos recursos financeiros das Associações Humanitárias de Bombeiros Voluntários;


Considerando ainda que,


6- Até à presente data não são conhecidas nenhumas medidas de apoio às Associações Humanitárias de Bombeiros Voluntários decorrentes do aumento dos combustíveis;


7- Que o governo definiu medidas de apoio aplicadas ao setor dos transportes, não incluindo o transporte de doentes;


Considerando por fim que,


8- O transporte de doentes é ao momento uma atividade deficitária para as Associações;


9- Se pretende evitar a todo o custo a diminuição ou eventual cancelamento temporário da prestação desses serviços.


As Federadas decidiram, mandatar a Direção da Federação dos Bombeiros do Distrito do Porto para:


a) Exigir do governo, através da LBP, a extensão às Associações Humanitárias, das medidas adotadas para o setor dos transportes;


b) Exigir do Ministério da Saúde, através da LBP, a revisão (muito urgente) das comparticipações do SNS para o transporte de doentes;


c) Exigir da Secretaria de Estado das Infraestruturas, através da LBP, a isenção definitiva de portagens para todos os veículos ao serviço dos Corpos de Bombeiros;


d) Apelar ao governo, através da LBP, para a necessidade urgente de medidas conducentes à restituição do valor do IVA e ISP pago pelas Associações Humanitárias na aquisição de combustíveis;


e) Exigir da LBP que articule junto da ANEPC, através do instrumento legal “Diretiva Financeira”, para que seja acautelado o ressarcimento integral do valor efetivo gasto em combustíveis no DECIR (dispositivo especial de combate a incêndios rurais) e DIOPS (dispositivo integrado de operações de proteção e socorro) pelas entidades detentoras dos Corpos de Bombeiros;


f) Sensibilizar a Administração Regional de Saúde e os Centros Hospitalares para a necessidade cada vez mais premente de regularizarem os pagamentos mensais às Associações Humanitárias de Bombeiros Voluntários, sem os quais se irá agudizar drasticamente esta situação;


g) Remeter a presente moção às entidades com responsabilidade no setor.


Nota conclusiva:


Caso o Governo não defina medidas de apoio concretas e objetivas nos próximos 15 dias para mitigar as fragilidades causadas pelos considerandos enumerados na presente moção, as Federadas decidem:


Solicitar à Liga dos Bombeiros Portugueses a marcação de um congresso extraordinário para uma tomada de posição conjunta dos Bombeiros Portugueses;


Porto, aos 18 de Março de 2022

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